Na última sessão da audiência pública promovida pela vereadora Tatiane Costa (PL) em Sorocaba, o professor Gabriel Piauhy fez um discurso incisivo em defesa do projeto de lei que busca impedir a presença de crianças e adolescentes nas Paradas LGBT. O projeto tem como objetivo, segundo seus defensores, proteger a infância de conteúdos e ambientes considerados inadequados para o desenvolvimento infantil.
Em sua fala, Piauhy argumentou que a proposta não se trata de um ataque à comunidade LGBT, mas sim de uma medida de proteção à infância. “O que se discute nesta casa é a proteção da infância! O que se discute é se permitiremos ou não que menores de idade sejam expostos a ambientes absolutamente inadequados para o seu desenvolvimento físico, emocional e psicológico”, declarou.
O professor comparou a participação de crianças em Paradas LGBT com outras restrições já existentes na legislação, como a proibição de menores em casas noturnas e a exibição de filmes adultos para crianças. Segundo ele, há um consenso social de que certos conteúdos e espaços não são apropriados para menores de idade.
Piauhy também criticou o que chamou de uma tentativa de distorcer o verdadeiro debate em torno do projeto. “Em vez de discutirem o que realmente acontece nesses eventos e a necessidade de proteger nossas crianças, tentam transformar isso em uma questão de preconceito ou ataque a grupos específicos. Mas não é sobre isso. É sobre reconhecer que crianças não devem ser expostas a certas situações e que o Estado tem o dever de estabelecer limites claros para garantir sua proteção”, afirmou.
O discurso de Gabriel Piauhy foi recebido com aplausos por apoiadores do projeto, que destacaram a importância de estabelecer limites claros para a proteção das crianças. Ele também parabenizou a vereadora Tatiane Costa pela iniciativa e incentivou outros parlamentares a seguirem o exemplo.
A audiência pública contou com a participação de diversos setores da sociedade, incluindo grupos favoráveis e contrários ao projeto. O tema gerou intensos debates, especialmente entre representantes da comunidade LGBT e ativistas pró-família.
O projeto de lei segue em tramitação na Câmara Municipal de Sorocaba e ainda passará por votações antes de uma decisão final. Enquanto isso, a proposta continua a gerar discussões sobre os limites entre liberdade de expressão, direitos da comunidade LGBT e a proteção da infância.